domingo, 4 de maio de 2008

A praça da Bíblia



Imagine uma praça sem bancos, sem árvores e sem brinquedo para crianças. Parece mentira, mas essa é a realidade da Praça da Bíblia, que fica na QNP 19, P Norte. A praça foi inaugurada dia 30 de novembro de 2007, Dia do Evangélico, para atender as comunidades evangélicas da cidade. Na época da inauguração, o diretor-executivo da Associação Família Feliz, pastor João Paulo Barbosa, esclareceu que a obra era uma antiga reivindicação da comunidade evangélica local, que reúne 189 igrejas na cidade. Foram destinados R$ 400 mil para a reforma do local. Antes da construção do espaço, a área era destinada para depósito de lixo, acomodando ratos e insetos, até mesmo cobras já foram encontradas na área. Hoje, a população reclama que o espaço é muito grande e mal utilizado.

Nem em todos os fins de semana tem eventos evangélicos na praça. Quem vai ao local nos dias em que não há eventos religiosos, encontra apenas bancos de concretos sem encosto e uma imensa estátua de uma bíblia erguida no local. No dia-a-dia, as pessoas que moram em volta da praça não encontram utilidade para o espaço. Mesmo assim, fazem caminhadas e até mesmo as crianças brincam no espaço sem brinquedos.

Francismar Januário de Oliveira tem um comércio em frente à praça. Na opinião dele, o consenso da população é geral: a praça deveria ser mais bem utilizada. "Antes era pior, mas o espaço foi muito mal planejado. Fizeram um calçadão sem nada, que poderia ter colocado quadra de esporte, banquinhos com sombra e parquinhos para as crianças", sugeriu. Outra reclamação dos moradores é que a única quadra de esporte e lazer que tem nas proximidades da área está destruída e não tem conservação.

Apesar de receber o nome de praça, o diretor de obras da Administração da Ceilândia, Jonas Marques da Fonseca, explica que o projeto original do espaço não é para ser uma praça de lazer e sim, um espaço reservado para eventos evangélicos e culturais. Segundo ele, não há a possibilidade de se colocar um parquinho no local, uma vez que há outras aéreas de lazer naquelas proximidades. "As pessoas confundem praça com área de lazer. Aquela é destinada para eventos evangélicos", esclarece.

Quanto à má conservação das praças da cidade, Jonas informou que este ano várias áreas já foram reformadas e outras ainda serão. Ele pede para que as pessoas ajudem na conservação dos espaços. "Podemos reformar em um dia, e na outra semana já está destruída. A população tem que ter consciência que aquele patrimônio é dela", disse.


Fonte: Tribuna do Brasil

Um comentário:

adalto disse...

todas as praças e locais publicos, construidas com impostos da população, deveria ser entregue para grupos da comunidade zelar e adiministrar para que não houvesse a depredação do patrimonio publico e comunitário, assim com certeza haveria melhor empenho da população para zelar e manter em boas condições indentificado possiveis vandalos e depredadores.