sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mais Metrô - Mais aumento



Depois da inauguração de quatro estações em Ceilândia e de uma na 108 Sul, o número de pessoas que circulam nos vagões diariamente aumentou. Com as novas estações, se tornou quase impossível entrar nos trens nos horários de pico. O número de pessoas triplicou desde a inauguração dessas cinco estações, do novo horário de funcionamento do metrô e do fato de os trens funcionarem também durante os fins de semana e feriados. Antes, eram cerca de 50 mil pessoas diariamente nos vagões, agora este número pulou para 150 mil.

Segundo o pedreiro Ferreira, 49 anos, o metrô está sempre lotado na hora que ele precisa utilizá-lo. "A única vantagem de usar o trem é que chego mais rápido nos lugares, pois não pego trânsito", ponderou. De acordo com a assessoria de comunicação do metrô, três novos trens que estão quebrados vão retornar a funcionar a partir deste mês.

Atualmente, existem 17 trens em funcionamento, sendo que cada um possui quatro vagões, que têm capacidade para transportar 339 pessoas. Estima-se que até o fim do mês, o metrô comprará mais 10 trens para melhorar o problema de super lotação. O investimento deve custar cerca de R$ 200 milhões.

Outro motivo de preocupação para as pessoas que utilizam o metrô diariamente é a proposta de aumento de preço que será discutida ainda hoje pelo governador José Roberto Arruda e o secretário de Transportes, Alberto Fraga. Para Nilton Pereira, 50 anos, micanógrafo, e usuário do meio de transporte, o aumento não vai fazer com que deixe de ir ao trabalho de metrô. "Nós temos que nos sujeitar a esse aumento de preço, pois somente quando uso o metrô chego no horário", justificou.



O possível reajuste nas tarifas de ônibus urbanos do Distrito Federal será analisado por um grupo de trabalho. Na terça-feira, a Secretaria de Transportes publicou no Diário Oficial do DF a portaria que constitui a comissão para analisar e diagnosticar o equilíbrio econômico financeiro do Sistema de Transporte Público Coletivo do DF. A partir deste estudo, o GDF vai definir se as tarifas de ônibus serão reajustadas em decorrência do recente aumento de 15% no diesel e do congelamento nos preços há mais de dois anos.

Segundo o secretário de Transportes, Alberto Fraga, "com o combate à pirataria e com a retirada de mais de mil vans das ruas, o governo aumentou a receita das operadoras em pelo menos 30%. Qualquer mudança tarifária vai depender do resultado dos estudos que serão desenvolvidos", disse Fraga. O grupo vai avaliar as planilhas calculadas pelo DFTrans e verificar se as tarifas praticadas atualmente no DF mantêm em equilíbrio os custos e o lucro das operadoras ou se estão defasadas, causando prejuízo. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 60 dias.

O aumento das passagens de ônibus e metrô está sob análise da Secretaria de Transportes, mas ainda não há data definida para um posicionamento concreto. Hoje, o secretário Alberto Fraga, deve receber um estudo tarifário feito pelos técnicos do governo para definir se há ou não a necessidade de um reajuste na tarifa do transporte coletivo. Segundo ele, o acréscimo do valor pago ao metrô é inevitável.

Já o aumento na tarifa do metrô deverá mesmo acontecer, mas não há previsão de quando. Segundo o secretário de Transportes, desde 2001 o sistema opera com valor promocional de R$ 2 reais, enquanto a passagem de ônibus correspondente ao mesmo trecho do metrô é de R$ 3. "Para integrar o sistema, a tarifa não poderá ser diferente, ou seja, a população tem que pagar uma só para ônibus e metrô", ressaltou Fraga.


Fonte: Tribuna do Brasil, Rede Globo - aqui e aqui e Correio Braziliense (aqui e aqui)

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