terça-feira, 13 de maio de 2008

Fiscalização presente

Fiscais do GDF estão em condomínios de Ceilândia para identificar construções irregulares e agressões ao meio ambiente. As obras de infra-estrutura só vão começar depois dessa fase.

O processo de regularização já começou. Os condomínios Pôr-do-Sol e Sol Nascente vão ter rede de esgoto, asfalto e iluminação. Os moradores aguardam, ansiosos, as mudanças. “Com a iluminação vamos poder chegar mais tranqüilos em casa. Saímos e não sabemos se poderemos voltar tranqüilos”, conta a cabeleireira Wilma Souza.

“Eu quero ver uma coisa bonita para a juventude, com segurança, área de esportes e estudo, que é muito importante”, diz o pedreiro Gildeon Souza.

Mas para legalizar a região, nenhuma casa pode estar em área de preservação ambiental ou de risco e nenhuma nova construção pode ser feita. Quatro equipes da Secretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa) fazem a fiscalização dos condomínios diariamente.

Quase 200 casas irregulares têm que ser demolidas. Setenta e duas já foram derrubadas. Alguns moradores não têm respeitado as regras. No Condomínio Sol Nascente, por exemplo, foi feita uma autuação no último sábado, dia 10, porque tentaram aterrar com entulho um local de preservação.

“Serão adotadas providências cabíveis tanto para as agressões quanto para as construções. Se for crime ambiental, vai ser encaminhado à delegacia. Se for construção irregular, serão tomadas as providências. Se for preciso, vai ocorrer até a erradicação dessas casas”, assegura o assessor especial da Sudesa, Leandro Lima.

Um posto móvel também foi montado próximo aos dois condomínios, na QNN 15, onde é o Ceilambódromo. O objetivo é receber denúncias de irregularidades para que a secretaria possa agir de imediato. A orientação é para que os próprios moradores sejam também fiscais.

“A pessoa não pode ser cúmplice, senão vai ser prejudicada. Se ela não está mais construindo, mas deixa o morador do lado construir, pode prejudicar a regularização da área”, afirma o major Raimundo Nonato, do Núcleo de Planejamento Operacional da Sudesa.

“Se alguém construir, a gente vai ligar e denunciar para não deixar fazer. Caso contrário, todos nós vamos sair prejudicados”, observa o morador Ademir de Souza.


Fonte: Rede Globo

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