quarta-feira, 7 de maio de 2008

Custo de vida caro

Estudantes de Economia, da Universidade Católica de Brasília (UCB), realizaram uma pesquisa sobre custo de vida nas cidades-satélites. Eles compararam o preço de aluguéis no Plano Piloto, Ceilândia, Taguatinga e Guará. Andrea Martins a paga R$ 638, por mês, de aluguel por uma quitinete na Asa Norte.

Em Ceilândia ou no Guará, pela pesquisa, Andrea conseguiria alugar um apartamento também de um quarto, mas maior do que o atual onde mora. E ainda economizaria R$ 200. E, pelo mesmo valor pago no imóvel, ela poderia alugar um apartamento de dois quartos no Guará ou até de quatro quartos em Ceilândia.

"Eu sei que eu estou morando em um lugar menor, mas eu tenho outras vantagens. Eu vou a pé para o meu trabalho, que fica perto. Vou para a academia, que também fica perto da minha casa”, diz a secretária.

A pesquisa verificou o aluguel mensal na área nobre de cada região. No Plano Piloto o valor médio é de R$ 4.060. No Guará, R$ 2.300; em Taguatinga, R$ 937, e em Ceilândia, R$ 606.

“O que choca é notar que as pessoas pagam até quatro vezes mais para morar no Plano Piloto. Isso, eu acho, que é uma grande surpresa para a maioria das pessoas”, afirma professor de Economia da UCB, Adolfo Sachsida.

Os pesquisadores visitaram 20 imobiliárias e 12 supermercados. Ao avaliar o custo da cesta básica de 34 itens, um dado chamou a atenção. No Guará, a cesta está mais cara do que no Plano Piloto.

“No Guará, realmente, as coisas são mais caras do que em outro lugar. Até mesmo nas mesmas lojas, em outros lugares, é possível encontrar diferença de preços”, conta o militar José Aguiar.

“O filé mignon, por exemplo, está custando R$ 18. No Plano Piloto é possível encontrar por R$ 13”, reclama a dona-de-casa Rosa Maria da Silva.


No Guará a cesta básica custa R$ 297,98; no Plano Piloto: 296,04; em Taguatinga: R$ 290,57, e em Ceilândia: R$ 287,56. R$ 10 mais barato do que a cesta do Guará. O responsável pelo levantamento orienta o consumidor, com base no que foi pesquisado.

“Quando o consumidor estiver no supermercado e pensar que só vai comprar arroz que só custa R$ 1 mais caro. Ou aquele feijão, que só custa R$ 1,50 mais caro, no final do dia a pessoa gastou 50% a mais na cesta básica”, explica o Adolfo Sachsida.


Fonte: Rede Globo e Jornal de Brasília de 06/05/08

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